A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

31/08/2009

OS ROCKEFELLER,PARTE 1





Símbolo de uma era de riqueza e influência, Kykuit, a mítica mansão da dinastia Rockefeller, é tema de livro nos Estados Unidos





Por JOÃO WADY CURY Revista isto é Brasil




Antes mesmo de Aristóteles Onassis na história recente, o termo magnata já havia ganho sentido em outro sobrenome, só que norte-americano. Ao mesmo tempo pomposo e rochoso, dizia-se assim: Rockefeller. Simples assim, sem rodeios, ainda hoje.

Passados tantas décadas e IPOs, é improvável que, ao se pronunciar a palavra Rockefeller, imediatamente não se remetam os pensamentos a uma dinastia ligada a poços de petróleo, bancos e uma infinidade de negócios capazes de criar do nada um país e alçálo à condição de potência.

Os Rockefellers são verdadeiros mitos do capitalismo e, como tal, tudo o que diz respeito a eles ganha dimensão de lenda. Uma das mais saborosas é a de Kykuit, o casulo em que se abrigaram cinco gerações dos Rockefeller. Monumental mansão às margens do rio Hudson, no Estado de Nova York, Kykuit é quase um divisor de águas na história daquela que já foi a mais poderosa família do mundo. Antes dela, John D. Rockefeller era apenas uma espécie de novo-rico, um homem de maus modos e mau gosto que havia feito fortuna com a emergente indústria de petróleo.

Depois que se instalou na mais impressionante propriedade de sua época, até os mais esnobes tiveram de engoli-lo. A partir de então, Kykuit transformou-se em um endereço ímpar, o encontro preciso entre opulência e conforto, o modelo a ser perseguido.



Os autores mergulharam na história de cinco gerações da família Rockefeller para falar que, junto da fama de negociadores perspicazes e empreendedores inveterados, os Rockefeller são também ótimo modelo filantrópico. Ao mesmo tempo, Kykuit é exemplo do que se pode fazer com o dinheiro, comprar literalmente tudo o que se quiser, mas também modelo de desapego.

Tanto é que os descendentes de John D. Rockefeller, em maio de 1994, tomaram a decisão extrema: deixaram a casa e abriram as portas da mansão para que a patuléia visse. Não foi pouco.


Mais do que isso, porém, as portas foram abertas para que o público sentisse o poderio e assim eternizasse quem foram aquelas pessoas que moraram ali, como dormiam, comiam e viviam. E mais. Em cada escolha de tecido de cortina ou de louça, ainda está boa parte daquele país e dos negócios dos últimos 90 anos.

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