A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

29/07/2011

IDOLATRIA PASTORAL OU LIDERANÇAS PERSONALISTAS!





Fonte: Extraído do artigo: Um sistema de governo presbiteriano, por Túlio César Costa Leite, Presbítero da Igreja Reformada Presbiteriana em Maricá (RJ).

Conta-se que um grupo de americanos que estava em Londres no século passado foi ouvir um famoso pregador, contemporâneo de Spurgeon. Ao saírem da reunião comentaram: “que grande pregador é o Dr. Fulano!” Posteriormente assistiram a uma pregação de Spurgeon e saíram dizendo: “que grande salvador é o Senhor Jesus!” É a Cristo, unicamente, que a igreja deve exaltar.



Lamentavelmente a igreja tem se apoiado em lideranças personalistas, mesmo que de natureza benéfica. Homens têm sido colocados em evidência junto com Cristo e a mensagem do Evangelho, e quando esses homens caem a credibilidade da mensagem cai junto. A prática tem demonstrado que é preciso despersonalizar a igreja. O Evangelho não necessita da autoridade de homens para se firmar. Ele tem autoridade por si.


Há igrejas em que somente após o povo estar acomodado é que o pastor ou pastores entram em processional pelo templo. Em algumas, o povo se levanta para acompanhar e às vezes até aplaudir o “homem de Deus” que está entrando.

Até mesmo nos grandes reformadores, Lutero e Calvino, podemos encontrar essas tendências. Lutero, embora tenha renunciado aos seus votos monásticos, “apegou-se tenazmente a seu professorado e a seu grau de doutor”, obtido na Igreja Católica Romana. (CITADO)

Já se falou e escreveu muito sobre como o pastor pode ser solitário. E, por quê? Primeiro, porque o sistema é falho, humano e não divino. Não era para ser assim. Segundo, essa notória “solidão do ofício” parece ser um subproduto de duas inclinações humanas, a de ser idolatrado e a de idolatrar. De fato, os homens parecem necessitar da figura de um homem forte a quem devotam lealdade, por quem lutam ou a quem imitam. Os artistas têm os seus inevitáveis fãs-clubes; e, mesmo em nosso meio, não deixam de existir as multidões de seguidores de cantores e dos grandes pregadores. Por outro lado, essas pessoas que ficam em evidência, mesmo com as melhores intenções, no decorrer de suas carreiras parecem enredar-se nas sutis armadilhas que os holofotes trazem. E, se no início se sentem desconfortáveis depois se acostumam e, mais adiante passam a gostar dos paparicos, dos autógrafos, das atenções especiais, do tratamento diferente, da devoção exagerada.


O que aconteceu com esses pastores demonstra que a natureza humana, mesmo nos nossos melhores representantes, pode ser perigosamente susceptível às influências da fama, da honraria exagerada e da admiração dos homens. Por isso, cada vez que um mero homem – por melhor que seja – é colocado, sozinho, em posição de proeminência, surgem ocasiões de tentação.


Vemos na Bíblia um diácono batizando (At 8.12, 36-38: O eunuco pergunta a Felipe: que impede que seja eu batizado? Se vivesse hoje Felipe responderia: não posso batizar-te, somente um ministro ordenado pode..), um “mero” discípulo, sem nenhum cargo conhecido batiza aquele que viria a ser o apóstolo Paulo (At 9.10-18).

Se o “pastor” não é um sacerdote porque sem ele não pode haver batismo e celebração da ceia? Por que somente o pastor pode impetrar a chamada “bênção apostólica” que é simplesmente o fecho da 2ª carta aos Coríntios? Parece que a “bênção apostólica” se tornou um 3º sacramento criado com a finalidade de marcar a distância entre o reverendo e os “leigos” (aliás, se a bênção é “apostólica”, homem nenhum tem o direito de pronunciá-la atualmente).

Lutero considerava que todo cristão é um ministro e que a cerimônia de ordenação era “meramente a forma pública pela qual alguém é comissionado mediante a oração, as Escrituras e a imposição de mãos, a fim de servir à congregação.” As funções sacerdotais são privilégio de todos os crentes e “não a prerrogativa de uma casta seleta de homens santos”. “Lutero enumerou sete direitos que pertencem a toda a igreja: pregar a Palavra de Deus, batizar, celebrar a Santa Comunhão, carregar “as chaves”, orar pelos outros, fazer sacrifícios, julgar a doutrina”. (CITADO)

O desejo de primazia não é cristão. Paulo afirma que desejar o episcopado é algo bom (1Tm. 3.1). Mas este é um episcopado cristão onde indivíduo sobressai por servir (Mt 20.26), permanecendo sempre submisso a outros. O presbítero João escrevendo a Gaio (3 Jo 9), informa-nos acerca de um tal de Diótrefes, (“que gosta de exercer a primazia entre eles”) que não lhe dava acolhida, proferia palavras maliciosas contra ele e expulsava da igreja os irmãos que desejavam acolher os seus mensageiros. Após esse relato conclui: “não imites o que é mau” (v.11). Parece haver dois procedimentos errados relatados nesta passagem: O primeiro é o desejo de primazia exercido por Diótrefes; o segundo é a passividade dos demais, que não exerceram sua autoridade para inibir com firmeza a este que acabou por deixar de ser presbítero para se transformar num tirano.

Esta passividade tem sido estimulada por muitos pastores, principalmente aqueles que gostam “exercer autoridade e dominar” (veja Mateus 20.25-26). Usando indevidamente a figura bíblica da “ovelha” e do “rebanho”, estimulam nos membros de suas congregações as características negativas deste animal. Afirmam que ovelha é mansa, não berra; o pastor sabe quais são os lobos disfarçados de ovelhas dando com o cajado na cabeça de todos – a ovelha não reagirá. Quem reage é lobo. Dessa forma afastam aqueles que poderiam contestar sua “autoridade” e seus erros. Já ouvi de um antigo pastor, zeloso de sua autoridade, a afirmação de que “ovelha é burra”. Ele se referia aos membros da igreja! De fato a ovelha (o animal) é burra, enxerga pouco, não sabe se defender, erra freqüentemente o caminho… serão por essas características que o verdadeiro líder cristão gostaria que sua congregação fosse conhecida?


Efésios 4.11-16 mostra que a liderança da igreja foi constituída por Deus com a finalidade de conduzir os eleitos ao “pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. Aí não há nada da ingenuidade, da burrice e da passividade característicos do animal. Em última análise, a finalidade da liderança cristã é tornar-se desnecessária, pois quando todos chegarem à perfeita varonilidade e à medida da estatura da plenitude de Cristo, não precisarão de ninguém para guiá-los. Evidentemente isso só acontecerá (inclusive com os líderes) na glória. Mas este é o alvo: sermos como Cristo (veja também Rm. 8.29; 2Co. 3.18). Que glória para uma congregação ouvir o que Paulo disse aos Romanos: “E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros” (15.14). Se uma igreja permanece por anos com membros portando-se como meninos (Ef 4.14), sem crescimento (Ef 4.15), algo está errado.


Pedro, (1Pe. 5.1), exorta: “pastoreai (pastoreai vós: plural!) o rebanho de Deus… não como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos (plural) modelos do rebanho”. Vejo aqui que não há como compararmos o modelo de liderança encontrado em qualquer outra instituição (a hierarquia militar, por exemplo) com a igreja de Deus. Os presbíteros devem se abster de procurar serem obedecidos porque são “os chefes”. Eles são investidos de autoridade? Sim. Mas uma autoridade de natureza diferente da do mundo, uma autoridade que deve ser obedecida por se tornar modelo. “Mas Jesus lhes disse: os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Não é assim entre vós”. (Mt. 20, Mc. 10, Lc. 22).

Como aplicar esses princípios dentro de um sistema colegiado de governo? Alguém se destacará por uma pregação eloqüente, outro pela sabedoria e conhecimento bíblicoteológico, outro por sua capacidade administrativa; uns serão mais comunicativos, outros mais reflexivos. Mas todos deverão se submeter, individualmente, ao grupo. Se cada presbítero, individualmente, não é capaz de ser liderado, como será capaz de liderar adequadamente?

Aristóteles ao teorizar sobre as formas de governo citou 3: monárquico (governo de um só, vitalício; de monos, um), aristocrático (governo de uma elite; de aristos, melhor + krateo, dono, governador) e democrático (governo escolhido pela maioria) e alertou para o fato de que todos podem se deturpar: a monarquia pode se transformar em tirania; a aristocracia em oligarquia e auto-perpetuação e a democracia, em demagogia. Também as igrejas podem se desviar das formas de governo que teoricamente adotam: uma igreja batista pode transferir grande parte da autoridade da assembléia para o pastor; os presbíteros de uma igreja presbiteriana podem se tornar meramente um grupo de auxiliares do pastor; um presbitério pode ser submisso às imposições de um líder mais carismático.

Um paralelo esclarecedor são as ditaduras. Em muitas delas os congressos permanecem funcionando, o que lhes dá uma aparência de democracia. Na prática eles existem somente para endossar as diretrizes do “homem forte”. Exemplo típico eram os congressos dos países comunistas onde o mais comum eram as votações unânimes: ai de quem discordasse! Isso deveria ser suficiente para mostrar aos cristãos que as raízes do pecado estão ativas em todos nós e que tudo o que fazemos tende a se corromper com o tempo, até nas igrejas dos santos. Mesmo as comunidades cristãs podem se degenerar a tal ponto que suas reuniões já não sejam para melhor e sim para pior (1Co. 11.17).

Pode-se acrescentar a estes o “governo monárquico”, onde um líder carismático se proclama como “o ungido de Deus”, muitas vezes alegando que recebeu uma “revelação” divina e detém o poder normalmente de forma incontestável e vitalícia. Igrejas assim estão largamente afastadas dos princípios da Reforma e não creio que devam ser chamadas de protestantes.


Conta-se que um grupo de americanos que estava em Londres no século passado foi ouvir um famoso pregador, contemporâneo de Spurgeon. Ao saírem da reunião comentaram: “que grande pregador é o Dr. Fulano!” Posteriormente assistiram a uma pregação de Spurgeon e saíram dizendo: “que grande salvador é o Senhor Jesus!” É a Cristo, unicamente, que a igreja deve exaltar.

Lamentavelmente a igreja tem se apoiado em lideranças personalistas, mesmo que de natureza benéfica. Homens têm sido colocados em evidência junto com Cristo e a mensagem do Evangelho, e quando esses homens caem a credibilidade da mensagem cai junto. A prática tem demonstrado que é preciso despersonalizar a igreja. O Evangelho não necessita da autoridade de homens para se firmar. Ele tem autoridade por si.


Há igrejas em que somente após o povo estar acomodado é que o pastor ou pastores entram em processional pelo templo. Em algumas, o povo se levanta para acompanhar e às vezes até aplaudir o “homem de Deus” que está entrando.

Até mesmo nos grandes reformadores, Lutero e Calvino, podemos encontrar essas tendências. Lutero, embora tenha renunciado aos seus votos monásticos, “apegou-se tenazmente a seu professorado e a seu grau de doutor”, obtido na Igreja Católica Romana. (CITADO)

Já se falou e escreveu muito sobre como o pastor pode ser solitário. E, por quê? Primeiro, porque o sistema é falho, humano e não divino. Não era para ser assim. Segundo, essa notória “solidão do ofício” parece ser um subproduto de duas inclinações humanas, a de ser idolatrado e a de idolatrar. De fato, os homens parecem necessitar da figura de um homem forte a quem devotam lealdade, por quem lutam ou a quem imitam. Os artistas têm os seus inevitáveis fãs-clubes; e, mesmo em nosso meio, não deixam de existir as multidões de seguidores de cantores e dos grandes pregadores. Por outro lado, essas pessoas que ficam em evidência, mesmo com as melhores intenções, no decorrer de suas carreiras parecem enredar-se nas sutis armadilhas que os holofotes trazem. E, se no início se sentem desconfortáveis depois se acostumam e, mais adiante passam a gostar dos paparicos, dos autógrafos, das atenções especiais, do tratamento diferente, da devoção exagerada.

O que aconteceu com esses pastores demonstra que a natureza humana, mesmo nos nossos melhores representantes, pode ser perigosamente susceptível às influências da fama, da honraria exagerada e da admiração dos homens. Por isso, cada vez que um mero homem – por melhor que seja – é colocado, sozinho, em posição de proeminência, surgem ocasiões de tentação.


Vemos na Bíblia um diácono batizando (At 8.12, 36-38: O eunuco pergunta a Felipe: que impede que seja eu batizado? Se vivesse hoje Felipe responderia: não posso batizar-te, somente um ministro ordenado pode..), um “mero” discípulo, sem nenhum cargo conhecido batiza aquele que viria a ser o apóstolo Paulo (At 9.10-18).

Se o “pastor” não é um sacerdote porque sem ele não pode haver batismo e celebração da ceia? Por que somente o pastor pode impetrar a chamada “bênção apostólica” que é simplesmente o fecho da 2ª carta aos Coríntios? Parece que a “bênção apostólica” se tornou um 3º sacramento criado com a finalidade de marcar a distância entre o reverendo e os “leigos” (aliás, se a bênção é “apostólica”, homem nenhum tem o direito de pronunciá-la atualmente).


Lutero considerava que todo cristão é um ministro e que a cerimônia de ordenação era “meramente a forma pública pela qual alguém é comissionado mediante a oração, as Escrituras e a imposição de mãos, a fim de servir à congregação.” As funções sacerdotais são privilégio de todos os crentes e “não a prerrogativa de uma casta seleta de homens santos”. “Lutero enumerou sete direitos que pertencem a toda a igreja: pregar a Palavra de Deus, batizar, celebrar a Santa Comunhão, carregar “as chaves”, orar pelos outros, fazer sacrifícios, julgar a doutrina”. (CITADO)


O desejo de primazia não é cristão. Paulo afirma que desejar o episcopado é algo bom (1Tm. 3.1). Mas este é um episcopado cristão onde indivíduo sobressai por servir (Mt 20.26), permanecendo sempre submisso a outros. O presbítero João escrevendo a Gaio (3 Jo 9), informa-nos acerca de um tal de Diótrefes, (“que gosta de exercer a primazia entre eles”) que não lhe dava acolhida, proferia palavras maliciosas contra ele e expulsava da igreja os irmãos que desejavam acolher os seus mensageiros. Após esse relato conclui: “não imites o que é mau” (v.11). Parece haver dois procedimentos errados relatados nesta passagem: O primeiro é o desejo de primazia exercido por Diótrefes; o segundo é a passividade dos demais, que não exerceram sua autoridade para inibir com firmeza a este que acabou por deixar de ser presbítero para se transformar num tirano.

Esta passividade tem sido estimulada por muitos pastores, principalmente aqueles que gostam “exercer autoridade e dominar” (veja Mateus 20.25-26). Usando indevidamente a figura bíblica da “ovelha” e do “rebanho”, estimulam nos membros de suas congregações as características negativas deste animal. Afirmam que ovelha é mansa, não berra; o pastor sabe quais são os lobos disfarçados de ovelhas dando com o cajado na cabeça de todos – a ovelha não reagirá. Quem reage é lobo. Dessa forma afastam aqueles que poderiam contestar sua “autoridade” e seus erros. Já ouvi de um antigo pastor, zeloso de sua autoridade, a afirmação de que “ovelha é burra”. Ele se referia aos membros da igreja! De fato a ovelha (o animal) é burra, enxerga pouco, não sabe se defender, erra freqüentemente o caminho… serão por essas características que o verdadeiro líder cristão gostaria que sua congregação fosse conhecida?

Efésios 4.11-16 mostra que a liderança da igreja foi constituída por Deus com a finalidade de conduzir os eleitos ao “pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. Aí não há nada da ingenuidade, da burrice e da passividade característicos do animal. Em última análise, a finalidade da liderança cristã é tornar-se desnecessária, pois quando todos chegarem à perfeita varonilidade e à medida da estatura da plenitude de Cristo, não precisarão de ninguém para guiá-los. Evidentemente isso só acontecerá (inclusive com os líderes) na glória. Mas este é o alvo: sermos como Cristo (veja também Rm. 8.29; 2Co. 3.18). Que glória para uma congregação ouvir o que Paulo disse aos Romanos: “E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros” (15.14). Se uma igreja permanece por anos com membros portando-se como meninos (Ef 4.14), sem crescimento (Ef 4.15), algo está errado.

Pedro, (1Pe. 5.1), exorta: “pastoreai (pastoreai vós: plural!) o rebanho de Deus… não como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos (plural) modelos do rebanho”. Vejo aqui que não há como compararmos o modelo de liderança encontrado em qualquer outra instituição (a hierarquia militar, por exemplo) com a igreja de Deus. Os presbíteros devem se abster de procurar serem obedecidos porque são “os chefes”. Eles são investidos de autoridade? Sim. Mas uma autoridade de natureza diferente da do mundo, uma autoridade que deve ser obedecida por se tornar modelo. “Mas Jesus lhes disse: os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Não é assim entre vós”. (Mt. 20, Mc. 10, Lc. 22).





Como aplicar esses princípios dentro de um sistema colegiado de governo? Alguém se destacará por uma pregação eloqüente, outro pela sabedoria e conhecimento bíblicoteológico, outro por sua capacidade administrativa; uns serão mais comunicativos, outros mais reflexivos. Mas todos deverão se submeter, individualmente, ao grupo. Se cada presbítero, individualmente, não é capaz de ser liderado, como será capaz de liderar adequadamente?


Aristóteles ao teorizar sobre as formas de governo citou 3: monárquico (governo de um só, vitalício; de monos, um), aristocrático (governo de uma elite; de aristos, melhor + krateo, dono, governador) e democrático (governo escolhido pela maioria) e alertou para o fato de que todos podem se deturpar: a monarquia pode se transformar em tirania; a aristocracia em oligarquia e auto-perpetuação e a democracia, em demagogia. Também as igrejas podem se desviar das formas de governo que teoricamente adotam: uma igreja batista pode transferir grande parte da autoridade da assembléia para o pastor; os presbíteros de uma igreja presbiteriana podem se tornar meramente um grupo de auxiliares do pastor; um presbitério pode ser submisso às imposições de um líder mais carismático.





Um paralelo esclarecedor são as ditaduras. Em muitas delas os congressos permanecem funcionando, o que lhes dá uma aparência de democracia. Na prática eles existem somente para endossar as diretrizes do “homem forte”. Exemplo típico eram os congressos dos países comunistas onde o mais comum eram as votações unânimes: ai de quem discordasse! Isso deveria ser suficiente para mostrar aos cristãos que as raízes do pecado estão ativas em todos nós e que tudo o que fazemos tende a se corromper com o tempo, até nas igrejas dos santos. Mesmo as comunidades cristãs podem se degenerar a tal ponto que suas reuniões já não sejam para melhor e sim para pior (1Co. 11.17).

Pode-se acrescentar a estes o “governo monárquico”, onde um líder carismático se proclama como “o ungido de Deus”, muitas vezes alegando que recebeu uma “revelação” divina e detém o poder normalmente de forma incontestável e vitalícia. Igrejas assim estão largamente afastadas dos princípios da Reforma e não creio que devam ser chamadas de protestantes.







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O propósito último da hermenêutica





Por Daniel Grubba

Para todo aquele que ama a Escritura Sagrada e deseja uma completa transformação por intermédio da Palavra, o estudo da hermenêutica bíblica é imprescindível. Não somente porque a hermenêutica lida com os princípios técnicos para a correta compreensão e interpretação das Escrituras, mas principalmente porque incluiu em sua proposta fundamental a aplicação da Palavra à vida, sendo este, o propósito último de todo labor hermenêutico.

Devemos afirmar que a interpretação bíblica não é um fim em si mesmo, mas um meio que visa a um fim. Roy Zuck, professor do Seminário Teológico de Dallas, diz que “o a objetivo do estudo da Bíblia não se limita a apurar o que ela diz e o seu significado; inclui a aplicação dela à vida”. Portanto, o verdadeiro objetivo do estudo da Bíblia não é informar; é transformar. A informação neste caso, só passa a ter valor à medida que nos transforma, pois caso o contrário vira tão somente um processo mental cognitivo, sem valor existencial e espiritual. A redução da revelação bíblica a um depósito de informações corretas é um conhecimento que ensoberbece (I Co 8.1).

O teólogo católico Dr. Jung Mo Mung aponta para o fato de que a principal finalidade da revelação de Deus não é meramente informativa, mas pedagógica. Ele diz: “Deus não se revela para que o ser humano saiba algo que é muito difícil ou impossível de saber, mas sim para que o ser humano seja de outra maneira e vive de um modo mais humano”. Nas palavras teólogo latino-americano Juan Luis Segundo, “a revelação divina é um processo, um crescimento da humanidade, e nele o homem não aprende coisas, aprende a aprender”.

Toda esta ênfase central do processo hermenêutico se propõe a estabelecer certos cuidados, a saber: preocupar-se de menos com a aplicação bíblica ou se preocupar de mais. No caso em que a aplicação das Escrituras é negligenciada, o estudo bíblico fica reduzido ao academicismo vazio. Por outro lado, a pressa em aplicar o texto sem nenhuma preocupação com a correta interpretação dá margem a aplicação incorreta da Bíblica.

A Bíblia no exorta a termos o coração aberto para deixarmos que o conhecimento da revelação transforme nossa realidade. Tiago, em sua carta, nos alerta quando ao engano de ouvir a mensagem e não praticar. Ele diz:


“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar” (Tg 1.22-25).

Esta idéia não é original de Tiago, ele certamente aprendeu com Jesus. Pois assim diz o Mestre:

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24); “E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia” (v. 26)
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07 razões porque devo rejeitar o ensino das sementes de Mike Murdock e Silas Malafaia.



Por Renato Vargens, blog  dos bereanos


Os senhores Silas Malafaia e Mike Murdock ensinaram em um programa de televisão a doutrina das sementes.

Segundo o teólogo da prosperidade Mike Murdock, "dinheiro atrai dinheiro", isto é, quando o crente OFERTA a Deus, (independente da motivação) automaticamente atrai o favor do Senhor lhe trazendo mais dinheiro. Murdock também costuma ensinar que devemos plantar dinheiro para colher mais dinheiro, como se fosse uma lei de semeadura financeira, que ele chama de "lei da semente". Ele também prega a existência de aproximadamente seis níveis de semeadura. Segundo ele um destes níveis é a semente de mil”. Murdock dá uma significado a certas quantias da semente: “tem havido cinco níveis de colheitas incomuns em minha vida $58, $100, $200, $1000 e $8500. Uma semente de mil dólares quebrou a pobreza em minha vida. Ninguém pode semear estes mil dólares para você." Em outras palavras isso significa “eu quebrei a pobreza com uma semente de mil dólares” façar o mesmo, envie sua oferta que a pobreza será quebrada.

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Deus não é um tipo de bolsa de valores que quanto mais "investimos" mais dinheiro recebemos. Deus não se submete as nossas barganhas nem tampouco àqueles que pensam que podem manipular o sagrado estabelecendo regras de sucesso pessoal.

Diante do ensino exposto gostaria de trazer sete razões porque não devemos aceitar a doutrina das sementes de Mike Murdock e Silas Malafaia:

1º - A prosperidade financeira pode ser uma benção na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum compromisso de enriquecer os seus filhos. (Fp 4.10-12)

2º - A prosperidade financeira do cristão se dá mediante o trabalho e não através de barganhas religiosas.

3º - Do ponto de vista bíblico as bênçãos de Deus jamais poderão ser compradas. Tudo que temos e possuimos vem pela graça de Deus.

4º - Para nós protestantes as Escrituras Sagradas prevalecem sobre quaisquer visões, sonhos ou revelações que possam surgir ou aparecer. (Mc 13.31)

5º - Para nós protestantes todas as doutrinas, concepções ideológicas, idéias, projetos ou ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua total revelação em Cristo e no Novo Testamento. (Hb 1.1-2)

6º - Para nós protestantes a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos, não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16)

7º - O cristão é peregrino nesta terra e, portanto, não tem por ambição conquistar as riquezas desta terra. “A pátria do cristão está nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo”. (1 Pe 2.11)
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28/07/2011

O MUNDO CRISTÃO PERDE UM BRILHANTE TEÓLOGO ,JOHN ROBERT WALMSLEY STOTT






  O blog Andando na Graça presta sincera homenagem  Rev Stott,que nos deixou para estar descansando nos braços do senhor.Sua vida  aqui na terra foi de muito trabalho para esclarecer as mentes sobre o significado verdadeiro da cruz e da salvação e suas implicações,o Senhor tem prazer no descanso do justo.





Por: Andando na Graça e Genizah



(27 de abril de 1921 – 27 de julho de 2011)
Faleceu hoje, 27/07/2011, aos 90 anos de idade, o teólogo britânico John Stott. Uma lenda viva. Escreveu seu nome na história como presidente do comitê que elaborou o Pacto de Lausanne, em 1974. Há mais de três décadas, Stott dedica, todos os anos, três meses para viajar pelo mundo, dando atenção especial às igrejas localizadas em regiões onde o cristianismo é minoria.
Em 1982, fundou o London Institute for Contemporary Christianity, do qual hoje é presidente honorário. Escreveu mais de 40 livros, entre outros:  Ouça o Espírito, ouça o mundo, A Cruz de CristoPor que sou cristão e Cristianismo Básico - este um best-seller com mais de 2,5 milhões de cópias vendidas e traduzido em centenas de línguas.

John Stott, anglicano, era considerado uma das mais expressivas vozes da igreja protestante. Billy Graham, fundador da  Christianity Today chamou John Stott de "o mais respeitável clérigo no mundo hoje".


Em 2009, John Stott recebeu Christianity Today em sua casa, em Londres, para uma entrevista. A seguir, reproduzimos um pequeno trecho desta conversa:



CRISTIANISMO HOJE – O que mudou na Igreja Evangélica ao longo de seu ministério?

JOHN STOTT – Fui ordenado há 64 anos e lembro que, quando comecei, os evangélicos eram uma minoria desprezada e rejeitada. Desde então, vi o movimento evangélico crescer em tamanho, maturidade, e, com certeza, em erudição. Em termos de influência, saímos de um gueto e nos colocamos em posição de predomínio, um lugar muito perigoso.

Qual é o perigo?
O orgulho é o perigo que está sempre presente e que se coloca diante de nós. Em muitos aspectos, é bom sermos desprezados e rejeitados. Penso nas palavras de Jesus: “Ai de vocês, quando todos falarem bem de vocês”.

Provavelmente, ninguém conhece mais a Igreja ocidental do que o senhor. Faça uma avaliação sucinta dela.
Vejo crescimento sem profundidade. Ninguém contesta o crescimento imenso da Igreja – mas esse processo tem sido, em grande escala, numérico e estatístico. O crescimento do discipulado não tem sido equivalente ao aumento dos números.

O que a Igreja precisa fazer para alcançar a sociedade pós-cristã e secularizada do século 21?
Acredito que essas pessoas que taxamos como seculares se lançam à busca de pelo menos três coisas. A primeira é transcendência. Cada vez mais gente procura alguma coisa além do que vive e vê. A segunda é a busca de significado. Quase todo mundo procura sua identidade pessoal, quer encontrar o sentido da vida. Isso desafia a qualidade de nosso ensino cristão de que os humanos são criados à imagem de Deus. E a terceira coisa que todos andam buscando é comunhão, relacionamentos de amor. Gosto muito do que está escrito em I João 4.12: “Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.”


FRASES DE STOTT

"Se a cruz não for o centro da nossa religião,a nossa religião não é a de Jesus" 

''Parece que alguns acham que a principal evidência da presença do Espírito Santo é o barulho''.

“Sou cristão não porque a fé cristã é atrativa, mas porque é verdadeira.”

“Testemunho não é sinônimo de autobiografia. Quando estamos realmente testemunhando, não falamos de nós mesmos, mas de Cristo.”


“O cristianismo não é primariamente um sistema ético, um sistema de ritual, um sistema social, ou um sistema eclesiástico, ele é uma pessoa, ele é Jesus Cristo, e ser um cristão é conhecer a Jesus, é segui-lo e acreditar nele.”

“A fé e o pensamento caminham juntos; e é impossível crer sem pensar.”

SUA VIDA!


Serviu como Presidente da Igreja All Souls em Londres desde 1950. Estudou na Trinity College Cambrigde, onde se formou em primeiro lugar da classe tanto em francês como em teologia, e é Doutor honorário por varias universidades, na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Canadá.


Uma de suas maiores contribuições internacionais são os seus livros. John Stott começou sua carreira como escritor em 1954 e já escreveu mais de 40 títulos e centenas de artigos, além de outras contribuições à literatura cristã.

Entre os seus títulos mais famosos estão:
  • Cristianismo Básico.
  • Crer é Também Pensar.
  • Porque Sou Cristão.
  • A Cruz de Cristo.
  • Eu Creio na Pregação.
  • Firmados na Fé.
  • Cristianismo Equilibrado.
  • Entenda a Bíblia.
  • Cristianismo Autêntico.
  • O Perfil do Pregador.
  • Ouça o Espírito, ouça o mundo
A sua obra mais importante, Cristianismo Básico, vendeu mais de 2 milhões de cópias e já foi traduzido para mais de 60 línguas. Billy Graham chamou John Stott de "o mais respeitável clérigo no mundo hoje".

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Ana Paula Valadão está sendo investigada por desvio de verba pública!








Fonte:Blog do genizahvirtual.com




mais informações do Jornal Tribuna do Norte, sobre o Evento: http://tribunadonorte.com.br/noticia/fundacao-recebe-r-290-mil-para-cobrir-despesas-do-show/190310


O Ministério Público suspeita que a cantora gospel Ana Paula Valadão  tenha usado dinheiro da prefeitura de Natal (RN) e do governo do Estado do Rio Grande do Norte para gravar um DVD ao vivo. 

A prefeitura pagou à cantora R$ 250 mil para uma apresentação da banda que ocorreu no dia 16 de julho em uma praia da cidade, mas o que teria havido na verdade foi uma gravação de DVD ao vivo do Diante do Trono, aproveitando a presença do público, estimado em 60 mil pessoas.  Do governo do Estado, evangélica obteve R$ 40 mil, o que dá o total de R$ 290 mil. Não está claro quem pagou os custos da gravação do DVD. 

De acordo com o Diário Oficial do Município, a cantora firmou um convênio com a Fundação Osásis, que é subsidiada pelo município de Natal, para “proporcionar a divulgação turística da cidade de Natal” (gargalhadas deste editor) por intermédio da apresentação da banda. O convênio não previa nenhuma gravação de DVD.

Valadão deu entrevista negando que os custos de gravação e produção do DVD tenham sido viabilizados com a verba do patrocínio da prefeitura de Natal. Mas admitiu o “apoio logístico”. "O apoio da Prefeitura e do Governo é com a estrutura de segurança, banheiros, trânsito. Enfrentamos dificuldades em outras cidades. Aqui, não", disse.

Ana Paula Valadão aposta na ingenuidade do seu público. Faz questão de esquecer que o maiores custos na realização de qualquer DVD de um mega show são as despesas com os artistas, palco, iluminação, som, transporte e tudo o mais necessário para fazer o referido mega show acontecer.

Se a intenção de Valadão era usar o mega evento para produzir o tal DVD ao vivo, o que é muito justo, o melhor seria deixar isto claro em contrato, dando destinação às verbas recebidas, segundo o  orçamento aprovado, cabendo à prefeitura de Natal concordar, ou não com o referido projeto. Não há impedimento algum para uma prefeitura, governo federal ou estadual patrocinar livros, DVDs, expressões artísticas e até corrida de tartaruga, seguindo os procedimentos da legislação de cada esfera do governo.

Contudo, ao que parece, a produção do Diante do Trono não fez prever esta possibilidade no contrato assinado com a parte. Resolveu fazer um "bem bolado", um tutú à mineira, etc. Isto dá margem ao MP, tribunal de contas, oposição legislativa do governo da cidade e seja lá mais quem for: fazer oposição, constranger, explorar o episódio com uma denúncia de uso indevido da verba pública. Foi o que ocorreu. O Ministério Público pediu à prefeitura esclarecimento sobre a destinação do dinheiro liberado.

Mais uma vez insisto: Esta mania de crente Gerson que quer levar vantagem em tudo, dominante entre os neopentecostais é um testemunho pavoroso. 

No mês passado foi o seu irmão, André Valadão, o acusado pela imprensa de estar pleiteando verbas públicas para realização de shows. 


Após ficar ciente das notícias na internet dando conta de que André Valadão teria conseguido captar uma alta quantia em dinheiro - mais precisamente R$ 1.091.240,00 - do Ministério da Cultura para realizar shows gospel, a sua assessoria divulgou nota de esclarecimento. Segundo André, o montante em dinheiro foi aprovado para ser liberado pelo Ministério da Cultura a partir de um projeto elaborado por uma produtora, sem o seu conhecimento, e que propôs realizar uma turnê do cantor, porém, apesar do projeto ter sido aprovado pelo M.C. em fevereiro de 2011, o músico ainda não havia sido contactado pela empresa produtora. Segundo a nota, a apresentação de tais projetos de incentivo não dependem da assinatura dos artistas envolvidos e nem sempre são realizados, mesmo quando aprovados, podendo inclusive ser prorrogados visto que tem prazo de validade longo.

O editor de Genizah que tem experiência com a aprovação de projetos de incentivo cultural  confirma que estas práticas são mesmo comuns. As produtoras aprovam projetos, em alguns casos, sem amarrar todas as pontas. A autorização de realização, contudo, só sai após a apresentação de documentação e detalhamento, incluindo declarações dos artistas. Já a liberação dos recursos passa por processo rigoroso e auditado. Ou seja, as informações da assessoria de André Valadão são plausíveis. 

Já a questão do uso de verba pública para atividade religiosa é outra conversa. Neste ponto, é bom deixar claro: Se estes artistas gospel são, de fato, artistas e ponto final, que gozem das possibilidades abertas aos demais artistas brasileiros seculares. Se insistem, contudo,  em se dizer "levitas", donos de ministérios, contumazes arrecadadores de "ofertas vultosas" em igrejas para shows espirituais... Neste caso, a conversa é outra.

Está ficando chata esta "conversinha para boi dormir" de alternar entre o espiritual e o produto cultural de consumo de massa, conforme a conveniência do momento.
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A igreja do amanhã!

Por Andrew Strom
Tradução de João A. de Souza Filho

Muita gente lerá este artigo e se perguntará: Pra onde foi todo mundo? Qual é o alvo? A resposta corriqueira pode ser? Queremos ser como a igreja do Novo Testamento. Mas, como era a igreja do Novo Testamento?

Este é um tema importante – e sobre o qual venho pensando nos últimos anos. Como seria a igreja daquela época se conseguíssemos vê-la em nossos dias? Em nossas cidades?

Pra começar, esqueça a igreja de hoje por uns instantes – com todos seus problemas e contradições, e imagine algo diferente. Quero que você se imagine vivendo na mesma cidade, no mesmo ano, mas você se encontra exatamente no meio de uma cena típica dos Atos dos Apóstolos. Alguma coisa, na realidade, mudou.

Sei lá por que todas as pessoas cheias do Espírito Santo em sua cidade abandonaram suas denominações e suas estruturas divisionistas. Começaram a cumprir a oração de Jesus de “que todos sejam um”. Esses cristãos se reúnem em grandes concentrações por toda parte da cidade, ao ar-livre. E, da mesma maneira, em cada rua existe uma casa onde algumas pessoas daquela rua se reúnem para comer e ter comunhão, etc. Isto é, ali se reúne a igreja da vizinhança! O poder de Deus nessas reuniões caseiras é impressionante. Milagres e curas ocorrem. Os dons fluem livremente o dia todo.

Parece que os grandes templos e catedrais estão vazios. Os cristãos não querem mais se esconder dentro de quatro paredes. Reúnem-se onde o povo está, falando de Jesus pra todo mundo. Querem ser de fato, um corpo. Nenhum templo da cidade é grande o suficiente para conter a multidão.

Os homens que lideram esse movimento não se parecem com os “reverendos” ou os “teleevangelistas” do passado. Na realidade alguns deles nunca freqüentaram uma escola de teologia, e são pessoas simples, de origem pobre. Mas, que unção! Está claro aos olhos de todos que esses apóstolos e profetas (como são conhecidos) gastaram anos em oração e quebrantamento diante de Deus – vivendo cada vez mais em comunhão com Deus. Quando falam, o temor do Senhor se apodera das pessoas, e muita gente se arrepende de seus pecados. Os demônios são expulsos, cegos curados, paralíticos andam – coisas assim acontecem o tempo todo. A cidade está perplexa e milhares e milhares são salvos. As notícias são estampadas na tevê e nos jornais.

Quando alguém se arrepende é imediatamente batizado, e recebe imposição de mãos para ser cheio do Espírito Santo. Isso vem acontecendo desde o primeiro dia! E também se espera que cada crente exerça seus dons – e são encorajados a praticarem seus dons espirituais. Não existe diferença entre “ministros” e “leigos”. Todos são ministros de Deus, contudo, existem anciãos ou presbíteros, isto é, pessoas idôneas que supervisionam tudo isso.

Pastores e bispos de várias denominações dizem que isto faz parte de um “espírito de engano” e alertam o povo pra se manterem distantes de tudo. (Cada avivamento na história teve seus acusadores e perseguidores, geralmente os líderes religiosos). Mas, honestamente, é tão óbvio ao povo que Deus está por trás dos acontecimentos que ninguém os leva a sério. O Espírito de Deus se move, e a glória de Deus desce entre as pessoas.

A razão por que alguns desses líderes estão contra é que as ofertas não vão mais para o templo, mas são distribuídas entre o povo pobre. De fato, Deus falou às pessoas para que elas comecem a ajudar as viúvas pobres e crianças de ruas e órfãos ao redor do mundo. Os cristãos que têm necessidade são imediatamente supridos.Tem gente que vendeu aquelas propriedades extras – casas de praias e de serra, para doar aos pobres.

O tema central deste grande movimento é amor. “Olhem, como essa gente se ama”! Dizem as pessoas. E as pessoas oram como nunca antes oraram.

E assim, reunindo-se como “um só povo” ao ar-livre, e partindo o pão de casa em casa, essa gente come com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e ganhando o apoio de todo o povo. E o Senhor acrescenta diariamente os que vão sendo salvos.

Isso poderia acontecer?

O que descrevi acima está no livro dos Atos dos Apóstolos, apenas contextualizado para os nossos dias. Tudo que escrevi é para dar a voce a idéia de como seria sua vida se você estivesse residindo na cidade de Jerusalém no livro de Atos. Imagine o impacto dessa igreja no mundo de hoje. E Deus quer usar pessoas comuns, como você e eu pra que isso volte a acontecer.

Não creio que devemos imaginar que a igreja primitiva era um “caso especial”. Os registros do livro de Atos foram-nos deixados como exemplo do que é normal e do que deveria ser a igreja em todos os tempos. Mesmo assim, quão distante estamos dessa igreja! Apenas em tempos de avivamento conseguimos nos aproximar do modelo acima. Creio que o que aconteceu em Atos deveria ser uma coisa normal, diária.

No entanto, uma coisa é certa: Seria bom que isso voltasse a acontecer. Mas, esteja certo de uma coisa: Para que isto volte a ocorrer a hierarquia religiosa dominante, diretorias de igrejas e conselhos têm de desaparecer. E muita gente não quer perder o poder. Elas sequer se interessam pela verdade. Tudo que afeta a posição de liderança e a organização denominacional tem de ser descartado.

Não é possível uma transição “suave” para este tipo de cristianismo; acredito que haverá um mover forte de Deus que romperá com tudo. Está no programa de Deus. Pode estar certo, meu irmão: Deus o fará! Esta é a igreja do Novo Testamento que todos anelamos.
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Jesus não era cristão






Autor: Augustus Nicodemus Lopes


Muita gente pensa que sim. Todavia, a religião de Jesus não era cristianismo. Explico. Jesus não tinha pecado, nunca confessou pecados, nunca pediu perdão a Deus (ou a ninguém), não foi justificado pela fé, não nasceu de novo, não precisava de um mediador para chegar ao Pai, não tinha consciência nem convicção de pecado e nunca se arrependeu. A religião de Jesus era aquela do Éden, antes do pecado entrar. Era a religião da humanidade perfeita, inocente, pura, imaculada, da perfeita obediência (cf. Lc 23:41; Jo 8:46; At 3:14; 13:28; 2Co 5:21; Hb 4:15; 7:26; 1Pe 2:22).

Já o cristão – bem, o cristão é um pecador que foi perdoado, justificado, que nasceu de novo, que ainda experimenta a presença e a influência de sua natureza pecaminosa. Ele só pode chegar a Deus através de um mediador. Ele tem consciência de pecado, lamenta e se quebranta por eles, arrepende-se e roga o perdão de Deus. Isto é cristianismo, a religião da graça, a única religião realmente apropriada e eficaz para os filhos de Adão e Eva.

Assim, se por um lado devemos obedecer aos mandamentos de Jesus e seguir seu exemplo, há um sentido em que nossa religião é diferente da dele.
Quando as pessoas não entendem isto, podem cometer vários enganos. Por exemplo, elas podem pensar que as pessoas são cristãs simplesmente porque elas são boas, abnegadas, honestas, sinceras e cumpridoras do dever, como Jesus foi. Sem dúvida, Jesus foi tudo isto e nos ensinou a ser assim, mas não é isso que nos torna cristãos. As pessoas podem ser tudo isto sem ter consciência de pecado, arrependimento e fé no sacrifício completo e suficiente de Cristo na cruz do Calvário e em sua ressurreição – que é a condição imposta no Novo Testamento para que sejamos de fato cristãos.

Este foi, num certo sentido, o erro dos liberais. Ao removerem o sobrenatural da Bíblia, reduziram o Jesus da história a um mestre judeu, ou um reformador do judaísmo, ou um profeta itinerante, ou ainda um exorcista ambulante ou um contador de parábolas e ditos obscuros que nunca realmente morreu pelos pecados de ninguém (os liberais ainda não chegaram a uma conclusão sobre quem de fato foi o Jesus da história, mas continuam pesquisando...). Para os liberais, todas estas doutrinas sobre o sacrifício de Cristo, sua morte e ressurreição, o novo nascimento, justificação pela fé, adoção, fé e arrependimento, foram uma invenção do Cristianismo gentílico. Eles culpam especialmente a Paulo por ter inventando coisas que Jesus jamais havia dito ou ensinado, especialmente a doutrina da justificação pela fé.

Como resultado, os liberais conceberam o Cristianismo como uma religião de regras morais, sendo a mais importante aquela do amor ao próximo. Ser cristão era imitar Cristo, era amar ao próximo e fazer o bem. E sendo assim, perceberam que não há diferença essencial entre o Cristianismo e as demais religiões, já que todas ensinam que devemos amar o próximo e fazer o bem. Falaram do Cristo oculto em todas as religiões e dos cristãos anônimos, aqueles que são cristãos por imitarem a Cristo sem nunca terem ouvido falar dele.

Se ser cristão é imitar a Cristo, vamos terminar logicamente no ecumenismo com todas as religiões. Vamos ter que aceitar que Gandhi era cristão por ter lutado toda sua vida em prol dos interesses de seu povo. A mesma coisa o Dalai Lama e o chefe do Resbolah.

Não existe dúvida que imitar Jesus faz parte da vida cristã. Há diversas passagens bíblicas que nos exortam a fazer isto. No Novo Testamento encontramos por várias vezes o Senhor como exemplo a ser imitado. Todavia, é bom prestar atenção naquilo em que o Senhor Jesus deve ser imitado: em procurarmos agradar aos outros e não a nós mesmos (1Co 10:33 – 11:1), na perseverança em meio ao sofrimento (1Ts 1:6), no acolher-nos uns aos outros (Rm 15:7), no andarmos em amor (Ef 5:23), no esvaziarmos a nós mesmos e nos submeter à vontade de Deus (Fp 2:5) e no sofrermos injustamente sem queixas e murmurações (1Pe 2:21). Outras passagens poderiam ser citadas. Todas elas, contudo, colocam o Senhor como modelo para o cristão no seu agir, no seu pensar, para quem já era cristão.

Não me entendam mal. O que eu estou tentando dizer é que para que alguém seja cristão é necessário que ele se arrependa genuinamente de seus pecados e receba Jesus Cristo pela fé, como seu único Senhor e Salvador. Como resultado, esta pessoa passará a imitar a Cristo no amor, na renúncia, na humildade, na perseverança, no sofrimento. A imitação vem depois, não antes. A porta de entrada do Reino não é ser como Cristo, mas converter-se a Ele
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Breve dicionário neocrentecostal



Autor: Raphael Rap, no  blog Rapensando.


- Crer absolutamente naquilo que o pastor/apóstolo diga.

Amor - Atender o chamado do líder de louvor e dizer para a pessoa ao seu lado: "Eu te amo em Cristo Jesus".

Promessa - Carro, casa, dinheiro.

Evangelismo - Mandar alguém ir à igreja.

Adorar - Chorar durante horas cantando algum tipo de música lenta e repetitiva.

Fidelidade - Qualidade mostrada no ato de dizimar/ofertar mensalmente.

Levita - Pseudo-músico que se acha superior aos demais por cantar/tocar.

Perdão - Ficar fora de comunhão durante um tempo variável de acordo com o pecado.

Comunhão - Não ter ninguém te acusando ou falando a seu respeito.

Profeta - Expert em leitura corporal e oratória.

Deus - O cara responsável por abençoar quando mandado.

Espírito Santo - Ser que faz as pessoas caírem e receberem novas unções.

Jesus - Um cara que fez o oposto do que deve-se fazer.

Inferno - Lugar para onde os que não estão na igreja(templo) irão.

Diabo - O culpado por tudo de ruim que aconteça.

Esperança - Ser tão rico quanto os apóstolos da TV.

Salvação - Alcançada indo à igreja e sendo fiel (vide fidelidade).

Unção - Algo que se recebe para se sentir superior aos outros.

Abençoado - Ser cabeça e não cauda.

Pecado - Infração cometida contra a igreja e variável com a cartilha.

Igreja - Templo luxuoso que exige fidelidade para sua manutenção.

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CRISTIANISMO PURITANO!

 
 
 
 
Por Dr. W Young

Dito mais precisamente, o objeto do presente estudo pode ser formulado como “O Princípio Regulador do Culto Reformado nos Escritores Puritanos e a Sua Aplicação ao Cântico de Louvor na Adoração”.

A importância do princípio regulador do culto, para a origem e o caráter essencial do movimento Puritano, vê-se na definição de Puritanismo dada pelo Professor Horton Davies em sua obra clássica sobre “O Culto dos Puritanos Ingleses” (The Worship of the English Puritans - Capítulo 1, página 1), “O Puritanismo é definido, mais precisamente, como o modo de ver que caracterizou o partido Protestante radical dos dias da Rainha Elizabeth, que considerava a Reforma como incompleta e desejava moldar o culto e o governo da igreja inglesa de acordo com a Palavra de Deus”.

Pode-se dizer que a aplicação deste princípio goza de uma certa primazia quanto ao culto mais do que sobre o governo da igreja. Apesar disso, na concepção Reformada, ambos são, em estrutura essencial e procedimento, prescritos inteiramente na Sagrada Escritura conforme o princípio regulador, como entendido pelos teólogos Reformados, e especialmente pelos Puritanos. O Puritanismo, na verdade, começou como fato histórico com a aplicação deste princípio ao culto e mais tarde tornou-se crescentemente preocupado com a sua aplicação ao governo da igreja e às relações entre Igreja e Estado. Conquanto, com relação a este último, os Puritanos se dividissem em diversos campos todos tinham um único pensamento quanto a aplicação do princípio regulador ao culto eclesiástico, e é necessário ter um entendimento adequado disso para se compreender apropriadamente o sentido do movimento Puritano no passado e qual a sua relevância para os nossos problemas presentes.

O princípio Puritano do culto não foi invenção dos Puritanos, mas foi formulado por Calvino e adotado por todas as Igrejas Reformadas. Ele se opõe à visão Luterana que, em contraste, defendia que aquilo que não está proibido na Palavra de Deus pode ser permitido no Culto a Deus, e considerava as cerimônias na adoração, em grande parte, como coisas indiferentes (adiaforia), isto é, coisas não ordenadas nem proibidas nas Escrituras. O trigésimo quarto dos trinta e nove Artigos da Igreja da Inglaterra segue a linha Luterana em sua declaração de que “não é necessário que tradições e cerimônias sejam únicas em todas as partes, ou exatamente iguais; pois sempre têm sido diferentes e podem ser modificadas conforme a diversidade de países, os tempos e os modos dos homens, desde que nada seja ordenado contra a Palavra de Deus”.

Em oposição ao Luteranismo a visão Reformada tem sido, por unanimidade, a de que somente aquilo que está prescrito na Palavra de Deus pode ser introduzido no culto a Deus. Calvino afirmou claramente este princípio regulador e aplicou-o consistentemente na Reforma em Genebra. Ele está implícito na sua consagrada definição de religião pura e genuína como a “fé em Deus associada ao verdadeiro temor — temor que traz em si mesmo tanto a reverência voluntária, quanto uma adoração tão legítima como prescrita pela lei” (Institutas I, ii, 3). A corrupção da pura religião com a introdução de formas de culto inventadas pelo homem era, para Calvino, a marca da futilidade e cegueira da natureza humana decaída. Ao argumentar contra a idolatria e o culto a imagens e ao distinguir a verdadeira religião da superstição ele apelava igualmente para este princípio regulador, do mesmo modo que a sua discussão da legislação eclesiástica demonstra como este princípio havia permeado totalmente a sua opinião como a base principal para rejeitar-se as tradições dos homens.

Calvino encontrou o princípio regulador do culto estabelecido no segundo mandamento do decálogo, o qual expôs do seguinte modo:

“Assim como no primeiro mandamento o Senhor declara que é o único Deus, e que além dEle não se deve adorar ou imaginar outros deuses, do mesmo modo Ele aqui explica mais claramente qual é a Sua natureza e por qual tipo de adoração deve ser honrado, para que não nos atrevamos a imaginá-Lo como algo carnal. O teor do mandamento é, portanto, que Ele não permite que o Seu culto legítimo seja profanado com ritos supersticiosos. Por isso, pode-se afirmar resumidamente que Ele quer que nos apartemos totalmente das frívolas observâncias carnais que as nossas mentes néscias têm o hábito de inventar depois de formar uma grotesca idéia da natureza divina; e, conseqüentemente, Ele quer nos manter dentro do culto legítimo que Lhe é devido” (Institutas II, viii, 17).
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27/07/2011

Um Valdemiro Santiago como você nunca viu!



























Por Danilo Fernandes




Revoltante. Nojento!

Quem são estas pessoas que esfregam as mãos no “apóstolo dos fluidos corporais”, na busca desesperada por um bocadinho de suor ungido? (Veja o vídeo logo abaixo)

São as mesmas que outro dia mesmo subiam as escadarias da Igreja da Penha de joelhos, lambuzavam-se com óleo santo, engoliam pílulas de papel, traziam santos pintados e vestidos feito boneca para passarem o fim-de-semana em suas casas, faziam psicanálise com preto velho, tinham suas mãos lidas nas paradas de ônibus, jogavam flores ao mar, acendiam velas em esquinas, davam de beber ao chão, desfilavam longas ladainhas aos mortos, alisavam figuras de pedra e pau, adoravam um cristo de madeira ou em medalhas beijadas e lambidas. São estes! Os mesmos. Não outros.

Cegos que lustravam os longos corrimãos que levavam às salas de ex-votos nas catedrais, idolatras que imitavam a Cristo somente ao carregar pesadas cruzes em procissões, tolos que barganhavam regalias mágicas por pratos de farofa e garrafas de cachaça nos centros de macumba, feiticeiros domésticos que enchiam pratos com papel e mel e, quando ecológicos, distribuíam gnomos coloridos por entre os livros e badulaques nas estantes de suas casas.

Ah! Mas não! O Valdemiro não incentiva estas coisas... Ele cura em nome de Jesus!

Sim! Certamente! E como “Gizuz”, vende seus lenços suados e suas rosas ungidas no fim das pregações, pega seu BMW e ruma para a próxima catedral...

Não! De forma alguma! Não toque no ungido! Ele expulsa demônios das pessoas em nome de Jesus!

Sim! Claro! Um santo! Que igual a “Gizuz”, entoa leilões de ofertas no fim da pregação e bênçãos sem medida!

Opa! Quase esqueci! Para quem deu acima de R$ 1.000,00, o ungido bota a cara do pobre contribuinte debaixo do sovaco e ora que é uma beleza...

Não! Mas não! Ele prega o Evangelho. Será? Ler a bíblia, citar versículos é pregar o evangelho? O Diabo faz isto! Fez com Jesus! Está na Bíblia! Eu o vejo passar 30% do seu tempo esculachando a concorrência. 30% apresentando curas milagrosas e sendo esfregado... 20% lendo algum versículo da bíblia descontextualizado e os 20% restantes tomando a grana da galera! E o Evangelho do Reino? A mensagem de salvação? Alguém ouve?

Alguém já ouviu o Valdemiro clamar ao povo que se arrependa de sua idolatria, de seus pecados e siga a Jesus? Não a ele? Não a sua igreja? Siga e imite JESUS? Creio que não!

Mas calma lá! Ao menos a água que ele toma é 100% Jesus! Sim da marca 100% mineral! 100% gospel!

Ouvi de alguns pastores de igrejas tradicionais: “Pobres destes irmãos desviados e enganados por estes vendilhões da fé”. Os vendilhões estão ai. Antes estavam em outros lugares mais na moda... Desviados, já não sei. Desviados de onde? Teriam estas pessoas conhecido Cristo? Por quem foram discipuladas? Conheceram o Evangelho? Que “evangelho”? Que desviadas que nada! Para estar desviado era preciso antes estar no Caminho, diga-se: o ÚNICO. Era preciso antes terem se arrependido de sua idolatria! Estavam estas pessoas antes buscando o Reino e Sua Justiça? Creio que não!

Esta gente sempre esteve onde está agora! Atrás de uma promessa qualquer obtida à custa de um “toma-lá dá-cá” mal disfarçado de feitiçaria envolvendo um pequeno sacrifício financeiro, ou físico, em troca de um pedido urgente. Fé? Está mais para “fezinha”, jogo “de roleta”. Apostas bem espalhadas entre quase todas as opções da mesa religiosa, cobrindo os “sete cantos”. Um vai ter de me ajudar! Ou quem sabe carregar! Risos!

Para estas pessoas, o Senhor Jesus é mais uma “entidade” que se coloca contra a parede em troca da promessa de um boquirroto qualquer. Antes era o “Santo Antônio” virado de ponta a cabeça, colocado no freezer, até o infeliz trazer o príncipe encantado! Agora é o desafio financeiro da “fogueira santa”!

Cobras! Raça de víboras!

Um dia dirão: “Jesus, Jesus...” e ouvirão “um não te conheço”. Argumentarão: “mas Senhor eu li a Bíblia eu te aceitei...”. Podem bem ouvir: Sim, mas também ao Papa, ao Valdemiro, ao São Jorge, ao feiticeiro, à cigana, ao Buda, à Maomé, etc.

Qual é a diferença? A diferença é que agora estas pessoas se dizem crentes, decoram suas cabeceiras com a Bíblia, guardaram as estátuas no armário mais alto (melhor não jogar fora...) e seguem líderes que também se dizem crentes e vão todas felizes e saltitantes para o quinto dos infernos!

Vamos acordá-las antes que seja tarde ou seguimos sem “tocar nos ungidos”, nos confortando com o fato de que ao menos se trata de uma macumba gospel e desejando, do fundo do coração, que algo de bom saia daí e, quem sabe um dia, este pessoal encontre a Jesus?

Meu irmão, minha irmã! Vamos ao menos acender uma luz para eles? Que tal trocar a hipocrisia e o falso pietismo, que faz a maioria se calar em nome de uma pretensa “atitude cristã” e berrar aos quatro cantos que estes irmãos estão sendo enganados por falsos profetas? Eles estão tropeçando nos seus próprios cadáveres e nós estamos fazendo o que?

Eu te digo o que: Nós estamos batendo palmas para “apóstolo macumbeiro”, para “igreja aborteira”, para “o evangelho sem arrependimento”, “para a teologia do dinheiro do apóstolo alado” e, quando sobra tempo, fazemos caretinha hipócrita, recriminadora, para quem tem coragem de levantar a voz e dizer a verdade sobre este bando de salafrários! Sniff Sniff Não devemos julgar!

Talvez, diante de QUEM realmente importa, eu venha a ouvir que acusei, exagerei... Talvez o Senhor me admoeste pela minha ira incontida e meu nojo, antes da compreensão...

Que Deus me oriente... Mas hoje, do jeito que a coisa vai, prefiro estar entre os que pregam aos drogados, entre os que evangelizam prostitutas, entre os que compreendem os miseráveis revoltados e os criminosos que não conheceram a Jesus...

Prefiro ser condenado porque gritei alto demais do que porque fui hipócrita.

Prefiro ser condenado porque ridicularizei, do que porque relativizei.

Minhas leituras da Bíblia indicam que estarei em ótima companhia. Nas Sagradas Escrituras abundam heróis da fé irados, acusadores e escarnecedores de vendilhões e falsos profetas e não se tem noticia de “santinhos do pau oco” e hipócritas sendo benditos por Deus...
Prefiro os pastores que pregam o Evangelho em sã doutrina e Amor pelo humilde e não curam um único tumor em seus púlpitos, mas dobram os joelhos pelos seus em humildade, para depois observar milagres grandiosos nas casas de suas ovelhas no júbilo dos justos!

Prefiro os que colocam Jesus adiante de todas as coisas e, assim por trás de Sua orla, testemunham milagres muito maiores do que os que se vê na TV.

Prefiro estar com os líderes tolos que não tem avião, mas ajudam missionários no campo, do que sentar nas mesas dos apóstolos alados, dos curandeiros televisivos e dos contrabandistas da fé.

Prefiro o pastor que é homem e, como homem, sofre e é testado e tentado... Chora! Mas um dia ao pregar vê o milagre andar em sua direção! No tempo do Senhor, na dependência da Sua misericórdia. Debaixo da Graça!

Prefiro olhar as obras do coração e da Salvação... Drogados e bandidos virados obreiros não me comovem. Falidos transformados em milionários, não me enchem os olhos. Doentes curados, não me fazem dizer Glória! A MENOS QUE: estejam no Caminho de Jesus. Do Evangelho, sem marketing ou mistura. Na loucura que Paulo tanto defendeu. No AMOR. Ai, sim. Aleluia! Glórias a Deus! Porque do contrário, trata-se apenas de frivolidades e confortos de “uma sala de dentista”. Água gelada, revista nova, ar refrigerado. Inutilidades momentâneas, pois atrás da porta o que espera é BROCA!



Veja este vídeo chocante até o final. Veja e enterre qualquer dúvida que ainda tenha sobre este homem. Se você não tiver ânsia de vômito, há algo errado com você!



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14 razões porque o apóstolo Paulo morreu pobre




Por Renato Vargens

À luz dos ensinamentos dos teólogos da prosperidade que afirmam que o servo de Deus tem que ser rico, descobri os verdadeiros motivos que levaram o Apóstolo Paulo a morrer na pobreza.

Infelizmente o Apóstolo de Cristo aos gentios, não "entendeu" as revelações bíblicas cometendo erros gravissimos como:

1º- Não decretar a bênção da vitória na sua vida.
2º- Não amarrar o principado da miséria.
3º- Não quebrar as maldições hereditárias provenientes de seus antepassados.
4º- Não entender a visão da multiplicação do movimento G12.
5º- Não receber a revelação do DNA da honra de Deus.
6º- Não possuir as unções do cachorro, leão, águia, macaco, lagartixa, vômito e etc.
7º- Não tomar posse da bênção.
8º- Não semear as sementes da prosperidade.
9º- Não ter sido promovido a "paipostólo"
10º- Não ter trocado de anjo da guarda.
11º- Não ter elaborado nenhum mapeamento de batalha espiritual.
12º- Não ter recebido revelações do inferno.
13º- Não ter emitido nenhum ato profético.
14º- Não ter desenvolvido o hábito de orar em montes.

Caro leitor, segundo a ótica dos teólogos da prosperidade Paulo foi um fracassado, um pastor incompetente que não soube desfrutar das bênçãos de Deus.

Triste isso não?
Isto posto, resta-nos rogar a Deus pedindo misericórdia, como também que livre a sua igreja desta doutrina nojenta e anticristã.

Pense nisso!
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26/07/2011

Anders Breivik atirador da noruega se dizia cristão fundamentalista e era Maçon

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Blog Libertar

Depois de muita confusão, em descobrir um culpado, eis aí ele...

Não é muçulmano... Um cristão? Pode até ser, mas um MAÇOM???

O terrorista seria Anders Behrin Breivik, norueguês, 32 anos. Uma figura inquietante por causa da aparente "normalidade", um fundamentalista cristão.

Cristão conservador (?), ama a música clássica, os videogames, os filmes O Gladiador e 300.

O que está por trás disto tudo? Alguma manipulação mental? MK Ultra? Seria uma conspiração detro da maçonaria? Não se sabe...

Uma certeza: Esta foto dele, usando um uniforme maçom, não é uma montagem feita em Photoshop, pois ela é encontrada em sua página no Facebook.

E ainda tenho certeza que este ataque seja de falsa bandeira... Ainda creio nos motivos (ligados até com a economia dos EUA) apresentados no última última postagem.

Perceberam também a ênfase da mídia podre de denomina-lo como "cristão terrorista"?

Será isto um pretexto para nos estigmatizarem como possíveis terroristas? Siga lendo...

Na página Twitter a última mensagem é um pensamento do filosofo John Stuart Mill: "Uma pessoa com fé tem a mesma força de 100.000 pessoas sem interesses".

Ao que parece, o simpático Anders detesta os Muçulmanos; deve ser por isso que faz explodir os Cristãos.

Um extremista de Direita? Parece, mas não um neo-nazista.

Segundo os investigadores, Anders não agiu sozinho.

Uma história na qual haverá ainda muito para escrever
Resto do Post

25/07/2011

A DECEPÇÃO DE RICK WARREN ALASTRA AS IGREJAS BATISTAS TRADICIONAIS!

(Em bom português brasileiro seria - O engodo de Rick Warren se alastra)



Texto do Professor Johan Malan e Pr Heuring Felix Motta









Temos observado  por tempos que as Igrejas Batistas tradicionais estão se envolvendo em sombras de uma teologia atrativa de charme e glamour,para aglomerar jovens e adultos com novidades focadas em campanhas que não é nada de novo para nós, na realidade   são raízes neopentecostais com uma capa de personalismo com etiqueta.Quando uma igreja se envolve com esse tipo de campanha ela simplesmente admite que não quer compreender a bíblia e não quer focar sua vida em Deus,mas, nos modismos e na  agitação da liderança, que prefere fermentar  a comunidade do que qualificá-la na palavra ,fazendo exposições bíblicas,exegeses detalhadas do texto sagrado.

Mas, por que  os lideres  omitem a forma correta para  dar como alimentos, enlatados? Simples ,por preguiça e por medo de serem questionados em seus procedimentos suspeitos,por medo e por vaidade,por  ter o púlpito como palanque  para seu discurso pavão, embriagados no seu ego e longe da rota de Deus e da clareza da palavra,tudo por vaidade e poder!

Rick Warren é somente mais um que traz um produto enlatado com a intenção de alienar pessoas,limitando e tirando o poder da criação que nos foi garantido desde de Gênesis 1 e 2 em simetria com a ressurreição que acontece no primeiro dia,Deus criando sempre,sempre livre para criar e não para focar seu poder de criação em um aquário.
Tirar essa dádiva de Deus em nós é simplesmente admitir  a ausência de se maravilhar  com a criação, é deixar de participar nela (a criação) para receber  dos enlatados uma vida virtual e sem cores!

Vida com propósito  é um engodo personalista tentando sufocar o poder de criação das pessoas, talvez se os lideres  dessem mais oportunidades aos talentos,ao poder de criar e de  exercer  o direito de ser diferença e fazer  diferença, de cada pessoa da comunidade ,ela certamente iria se maravilhar, como fez Deus ,quando  contemplou toda  sua criação,ele descansou,santificou e abençoou. Enlatados são prejudiciais a saúde espiritual do povo eleito de Deus!

Rick Warren adoptou um conceito humano típico do crescimento da igreja e do crescimento espiritual, visto que as normas que escolheu na determinação do êxito mostram uma base doutrinal muito pobre. O seu evangelho não-ofensivo foi defenido de uma maneira tão vaga que, do ponto de vista humano, é aceitável virtualmente por toda a gente. As pessoas não são ofendidas por êle, porque o pecado e as terríveis consequências da ira de Deus sôbre os pecadores, não são mencionados. O significado completo da morte de Jesus na cruz, onde Êle verteu o Seu sangue e deu a vida para servir a pena de morte de Deus sôbre os pecadores, (Romanos 6:23) não é explicitamente proclamado. Dave Hunt comenta com muito acêrto: “Falta ali por completo algo com que convencer o pecador da sua rebelião contra Deus e do próximo julgamento… Falta ali por completo a explicação do preço que Cristo pagou na cruz pelo pecado”. Embora se mencione a cruz, não são explicadas todas as implicações da morte substitutiva de Cristo.

O que Rick Warren de facto  proclama é uma identificação geral com Jesus Cristo, e as numerosas bênçãos que Êle tem em reserva para nós. O Cristinismo é apresentado de maneira tão positiva e benéfica, e feito tão aceitável pelos pecadores com a sua associação à música moderna e aos métodos mundanos de motivação espiritual, que grandes muiltidões são atraídas para a igreja. O vasto fluxo de gente para as mega-igrejas, bem assim como o grande aumento de receita das congregações, são interpretados como reavivamento espiritual e como um novo movimento reformador. 

São de facto os grandes aumentos em números e receita, indicações de crescimento espiritual? Será uma avaliação em têrmos dêstes critérios norma aceitável para determinar a verdadeira espiritualidade? Não há uma grande diferença entre a classificação humana e a classificação divina de um assunto? Como é que sabemos se um determinado dirigente da igreja, como ser humano, é de facto dirigido pelo Espírito de Deus e obedece aos princípios das Escrituras, ao tomar decisões e ao fazer afirmações? Por favor, consideremos os seguintes êrros graves que os seres humanos podem cometer, ao julgarem assuntos segundo os seus próprios valores e interesses:

·       A promoção de doutrinas humanamente determinadas que não refletem o verdadeiro significado das Escrituras, é um exercício fútil, pois não é aceitável pelo Senhor: “Em vão Me adoram, ensinando como doutrinas os comandos dos homens” (Mateus 15:9). Nós estamos profundamente dependentes do Espírito Santo para nos guiar em toda a verdade (João 16:13), pois apenas a verdade da Palavra de Deus nos pode libertar do pecado e da decepção (João 8:32). Quando usamos os livros de certos autores, devemos em primeiro lugar verificar se êles nos apresentam exposições bíblicas sãs (1 Pedro 2:2). 

·       As doutrinas falsas gozam muitas vezes de grande aceitação social e eclesiástica. E podem tornar-se tão populares e tão firmemente estabelecidas, que muitos pastores as proclamam para garantir popularidade, grandes congregações e receitas. Isto dá em resultado que muitas pessoas são enganadas pelo baixo nível de um evangelho distorcido. “Pois o dia virá em que êles não aceitarão doutrina sã, mas, de acordo com os seus próprios desejos e porque têm ouvidos ávidos, procurarão para si mesmos professores; e afastarão os ouvidos da verdade e escutarão fábulas” (2 Timóteo 4:3-4). Os professores Walvoord & Zuck (Comentário do Conhecimento Bíblico), dizem o seguinte àcêrca desta escritura: -- “Paulo estava preocupado com o perigo das heresias afastarem as pessoas da verdade de Deus”. Estamos nós a investigar cuidadosamente as doutrinas, antes de as aceitarmos em boa fé e de expormos as nossas congregações ao seu conteudo? Parece que não. 
 
·       A verdade àcêrca do evangelho de Jesus Cristo, bem como as pessoas que o proclamam, a maior parte das vezes não são aceites pelo mundo (João 15:18-20). A aclamação do mundo é dirigida usualmente àqueles que diluem e distorcem a Palavra, para a tornar socialmente mais aceitável. Os prègadores que sucumbem à pressão da aceitação social, colocam-se sob o julgamento de Deus: -- “Ai de vós, quando todos os homens falam bem de vós, pois o mesmo fizeram os seus pais aos falsos profetas” (Lucas 6:26).

·       Do ponto de vista humano, as riquezas materiais, a posição social e a fama não são consideradas por Deus virtudes espirituais. Para Êle é uma abominação quando as pessoas justificam e seguem tais coisas descrevendo-as como bênçãos de Deus. “Vós sois daqueles que se justificam perante os homens, mas Deus conhece os vossos corações. Porque aquilo que é altamente estimado entre os homens é uma abominação aos olhos de Deus”. (Lucas 16:15). A Bíblia Viva diz: “Os vossos pretextos trazem-vos honra da parte dos homens, mas são uma abominação aos olhos de Deus”.

·       Os critérios seculares para obter êxito podem ser espiritualmente muito enganadores. A igreja aceitável e financeiramente próspera do tempo do fim, é julgada como segue pelo Senhor Jesus: “Portanto, porque estais mornos, e nem frios nem quentes, Eu cuspir-vos-ei da minha boca. Porque dizeis – Eu sou rica, tornei-me rica e não tenho necessidade de coisa alguma – e não compreendeis que sois desgraçadas, miseráveis, pobres, cegas e nuas” (Apocalipse 3:16-17; Veja-se também 1 Timóteo 6:7-12).

Prémio Igreja Saudável

Rick Warren é incansável na sua avaliação do crescimento da igreja, e apresenta também a sua congregação – a congregação Saddleback – como um modêlo para as outras. Êle afirma: “A Igreja Saddleback é agora apenas uma entre milhares de igrejas Movidas Pelo Propósito, a vanguarda de uma nova reforma”. As igrejas que copiam com mais êxito as ideias de Rick Warren, são premiadas com o Prémio Igreja Saudável.

Aos dirigentes da igreja que seguem Rick Warren é dito que, se seguirem a sua campanha e agirem como outras que o fazem, crescerão 20%  por ano em presenças e dinheiro. E então serão olhadas como congregações “saudáveis” candidatas ao prémio. A igreja em Lodiceia ter-se-ia certamente qualificado para êste prémio, pois era muito rica e saudável. Mas espiritualmente falhou a prova, porque o reino de Cristo opera com outros princípios (Apocalipse 3:15-18). 

O Senhor Jesus não se importa com números ou dinheiro, mas está interessado em corações mudados e vidas santas. No que diz respeito a números, Êle afirma que são poucos aqueles que estão realmente salvos (Lucas 13:23-24). 

Decepção doutrinária

O principal objectivo de Rick Warren não é a pureza de doutrina, mas sim o crescimento exterior da igreja. Êle diz que a doutrina tem tão pouca importância, que Deus nem mesmo pergunta por ela: -- “Deus não vos vai  interrogar sôbre a vossa bagagem religiosa ou opiniões doutrinárias”- (A Vida Movida por Propósito, p.34). Êle recusa-se a ser  atraído a discussões sôbre êste tópico e não tem quaisquer problemas com as doutrinas de outras igrejas ou seitas, se elas implementarem os seus métodos de crescimento.

No entanto na Bíblia, a pureza de doutrina é da maior importância: “Quem quer que transgrida e não cumpra a doutrina de Cristo, não tem  Deus. Aquele que permanece na doutrina de Cristo tem tanto o Pai como o Filho” (2 João 1:9). Os professores Walvoord & Zuck (Comentário do Conhecimento Bíblico pgs. 907-908) dizem o seguinte  a respeito desta escritura: “‘Quem quer que transgride e não permanece na doutrina de Cristo não tem Deus’. Estas palavras  sugerem fortemente que o apóstolo estava a pensar aqui no abandono da verdade por aqueles que dantes se agarravam a ela…Uma pessoa que não continua numa coisa, evidentemente que esteve em tempos nessa coisa. Os autores do Novo Testamento eram realistas quanto à possibilidade de Cristãos cairem vítimas da heresia, e avisaram-os contra isso…João tinha acabado de avisar os seus leitores da possibilidade da perda da recompensa (2 João 1:8). E assim os cristãos foram avisados para não irem além dos limites de sã doutrina, mantendo-se onde estavam no ensino àcêrca de Jesus. Desviarmo-nos da verdade é deixar Deus para trás. E Deus não está com uma pessoa que faz isso. O que essa pessoa faz, fá-lo sem Deus…Em contraste com o abandono da verdade, ‘Aquele que permanece na doutrina de Cristo tem tanto o Pai como o Filho’. Isto diz-nos que Deus está com aqueles que persistem na verdadeira doutrina sôbre Cristo” (Versão da NKJV). 

Onde é que Rick Warren tem os pés assentes relativamente à doutrina de Cristo? Bob DeWaay, da congregação Twin City em Minneapolis, afirma no seu Comentário de Assuntos de Crítica, de Jan/Fev. 2005: “O livro de Rick Warren sôbre a Vida Movida por Propósito, nunca explica a justificação pelo sangue no contexto do evangelho da salvação. Jesus louvou os vitoriosos – as pessoas são vitoriosas por causa do sangue do Cordeiro. Visto que  os leitores e seguidores de Rick Warren não ouvem nada dêle sôbre a justificação pelo sangue ou sôbre a ira de Deus contra o pecado, êles não têm maneira alguma de  se tornarem vitoriosos.
Qual é a vantagem da doutrina, se ela não conduz à justificação e à santificação? Ela pode dar apenas às pessoas uma espécie de santidade, bem assim como uma auto-imagem positiva, como em Laodiceia, que foi totalmente rejeitada pelo Senhor Jesus.

Misticismo oriental 

Rick Warren associa-se abertamente com a meditação, que êle apelida de “oração contemplativa” ou “oração respirada”, utilizando-a em alguns dos seus seminários de treino de pastores, a par de exercícios yoga de relaxamento. Isto são práticas místicas estranhas de origem oriental. Em Comentários de Assuntos de Crítica (ibid) afirma-se: “Rick Warren compromete-se com os pagãos, tal como as igrejas que Jesus admoestou em Apocalipse 2 e 3. Êle utiliza princípios pagãos no seu programa SHAPE, que foi inspirado pelas teorias duvidosas de Carl Jung. Êle ensina práticas pagãs de ‘oração’ como ‘orações  respiradas’, que se destinam a induzir estados alterados de consciência. Êle consulta complacentes como Robert Schuller, e encoraja outros a fazer o mesmo. “

Estas sessões de meditação nos seus seminários são apenas o tôpo do iceberg. No seu livro A Hora da Partida – Como uma Unidade Universal Está a Mudar a Face do Cristianismo, Ray Yungen indica que as orações  contemplativas ou centralizadoras estão a invadir largos sectores do Cristianismo, onde a oração é substituida por esta prática mística. Ela oferece às pessoas experiências estranhas de ”outro Jesus” dentro delas (o Deus interior) e conduz também a estados de consciência de alternativa, que constituem a base da falsa espiritualidade. Sandy Simpson, (www.deceptioninthechurch.com) diz que a vasta introdução da oração contemplativa, vai certamente ser o prego final na urna da igreja enganda moderna.

Rick Warren conseguiu a cooperação de Ken Blanchard para o ajudar no treino de dirigentes em Saddleback. Existe forte evidência de que Blanchard aderiu ao grupo místico contemplativo da Nova Era. Podiam citar-se vários exemplos desta devoção à espiritualidade mística. Êle escreveu o prefácio dos livros de Jim Ballard O que Faria Buda a Trabalhar e A Mente como Água. E também escreveu o prefácio do livro sôbre clarividência, de Elle Ladd Morrer e Partir. Ken Blanchard não dá qualquer desculpa quando afirma que se pode ganhar muito com o Budismo. Tanto êle como a esposa encorajam e praticam yoga e  meditação com mantras. 

Enganados de propósito 

No seu livro “Enganados de Propósito: As Influências da Nova Era na Igreja Movida por Propósito, Warren Smith confirma sem sombra de dúvida, as influências da Nova Era no ministério de Rick Warren e nos seus livros. No contexto da frase “um pouco de fermento fermenta toda a massa” (Galatas 5:9), Smith refere-se a várias distorções no livro de Warren, em que êle tira muitas vezes conclusões que são contrárias ao verdadeiro significado das Escrituras. O evangelho é apresentado de tal maneira, que as pessoas fazem uma descoberta positiva de si mesmas sem serem convencidas dos seus pecados. E isso reflete as ideias de Robert Schuller sôbre a auto-estima, assim como o teor da Oração de Jabez de Bruce Wilkinson, em que o alargar e a expansão dos interesses pessoais constituem o conceito-chave. Rick Warren também se refere a autores Nova Era, para ilustrar algumas das suas afirmações. O resultado final é um evangelho que soa bem, com base no conceito do pensamento positivo de Robert Schuller e Norman Vincent Peale.  
 
Não tem qualquer elemento de contraste de um demónio com todos os seus poderes de decepção, e portanto nenhuma maneira de resistir ao mal e ao engano. Robert Schuller disse: “Concentrai-vos no que é positivo. Se aceitardes Jesus Cristo como salvador…nunca tereis de vos preocupar com o diabo”. Rick Warren faz eco desta afirmação no seu livro, quando declara: “Ajuda-nos saber que Satanás é inteiramente previsível” (pg. .203).

No final do seu livro, Warren Smith faz os seguintes comentários sôbre Rick Warren e o seu ministério Movido por Propósito:

“A trabalhar com a eficiência de propósito de uma corporação estritamente dirigida por Peter Drucker, Rick Warren e a sua aliança global de dirigentes Cristãos e organizações, estão a desviar  metòdicamente a Igreja para fora do campo do Cristianismo biblico a caminho da fronteira da Nova Espiritualidade…Não é demasiado tarde para Rick Warren reconhecer que foi altamente enganado pelas teorias mundanas de Robert Schuller. Êle podia abrir os olhos a muitas pessoas, se começasse a expor as diferenças entre o Cristianismo bíblico e as teorias deceptivas da Nova Era e da nova espiritualidade… Êle podia fazer compreender a Walsch e a outros dirigentes da Nova Era, que o “território” espiritual do que acreditamos não vai ser alargado, expandido, alterado ou transcendido em nome da Nova Espiritualidade, de Jabez, ou de qualquer outro. Rick Warren podia tornar claro, que não necessitamos de qualquer nova revelação, porque já nos foi dado tudo o que precisamos saber, em Escrituras devidamentee traduzidas e no nosso relacionamento com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Êle podia esclarecer sem a mínima dúvida, que Deus não está em todos e em tudo, e que nós nunca aceitaremos os ensinamentos de uma nova espiritualidade…

“Se Rick Warren fizesse estas coisas, êle podia edificar e encorajar grandemente o corpo de Cristo. E então estaria verdadeiramente a lutar pela fé, como somos instruidos a fazer. Ao desmascarar os estratagemas e artifícios do nosso cada vez mais agressivo adversário, êle podia evitar que muitas pessoas sejam enganadas. E podia tornar claro que, embora desejemos fazer todo o possível por ajudar o mundo, não vamos permitir que a nossa fé ou o Evangelho sejam comprometidos ao fazê-lo. 

“Mas, no momento, não parece que Rick Warren tencione mudar de curso, queira publicar os tão necessários avisos pormenorizados e venha sèriamente a lutar pela fé. É triste que, se Rick Warren e outros dirigentes Cristãos cairem nas malhas dos estratagemas e artifícios da Nova Era, em vez de os exporem, afundarão consigo próprios números sem fim de pessoas sinceras. Será os cegos a guiarem os cegos, ao camiharem mais e mais para dentro do enganoso abismo da Nova Era e sua espiritualidade. Os Cristãos sem discernimento que julgam estar a caminhar no caminho estreito a preparar o caminho para Jesus Cristo, podem descobrir demasiado tarde, que de facto estão a caminhar na estrada larga a preparar o caminho para o Anticristo. Não é demasiado tarde para avisarmos toda a gente. Mas devemos fazê-lo antes que a decepção avance aínda mais. Como já vimos, há outro  Jesus, outro cristo, outro espírito e outro evangelho a operar hoje no mundo. A Igreja não deve continuar a cair preza da decepção.” (Warren Smith: Enganados de Propósito: As Influências da Igreja Movida por Propósito,  Conscience Press, 2004 p.168-170). 

Um evangelho sem alma 

Um evangelho sem alma, em que se dizem muitas coisas boas sôbre o Senhor Jesus ao oferecer as Suas bênçãos a todos os Cristãos, mas sem mencionar as destrutivas consequências do pecado nem o futuro nêgro dos pecadores no contexto da ira de Deus sôbre os mesmos, não pode ser de qualquer vantagem real. Aínda mais, êle não conduz a uma apreciação sã da natureza da morte de Cristo na cruz para o perdão dos nossos pecados. E também não tem valor prático como  directiva na vida, uma vez que todos os aspectos negativos, como a decepção espiritual, o aumento das fôrças anti-cristãs e o papel dos falsos profetas, são evitados e deliberadamente ignorados. 

Esta atitude positivista pode resultar em grandes congregações, onde as atracções mais importanates são a “excitante” música contemporânea, (incluindo o ‘Rock Cristão’), e a prègação não-ofensiva na forma de prédicas motivadoras, que agradam a pessoas de todas as persuasões doutrinárias. Mas os sermões que não refletem os princípios básicos do Evangelho de Cristo, são descritos como fábulas ou mitos (2 Timóteo 4:3-4). São veículos para a introdução do espírito do engano nas congregações Cristãs (2 Tessalonicenses 2:10-12). Desta maneira, a verdadeira mensagem do Evangelho é rebaixada e eventualmente silenciada. Através de pregação desta natureza, as pessoas são privadas do seu armamento espiritual, de que necessitam para poderem enfrentar as ciladas do diabo (Efésios 10:12).
 


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