A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

05/01/2012

Por que o amor bíblico não prospera no mundo!







A graça do amor, segundo Paulo em 1ª Coríntios, capítulo 13 além de um dom, é um caminho que cada cristão deve percorrer.


Uma das causas do amor não prosperar no mundo é a falta de conhecimento do que é o amor ágape, e a condição caída do homem torna escasso esse amor cristão.

Como J. C. Ryle[1] salienta:





“É a falta de amor que causa a metade da miséria que há sobre a terra. Enfermidade, morte e pobreza não constituem mais do que a metade dos nossos sofrimentos. O resto vem dos temperados descontrolados, naturezas iracundas, conflitos, querelas, malícia, inveja, vingança, fraudes, violência, guerras e coisas semelhantes. Por natureza, somos todos mais ou menos egoístas, invejosos, irados, maldosos e cruéis. Temos que apenas observar as crianças, quando deixadas por si mesmas, para ver a prova disto. Deixe meninos e meninas crescerem sem treinamento e educação apropriada, e você não verá algum deles possuindo o amor cristão”.





O amor da Bíblia não é desaprovar a conduta das outras religiões, mas sim demonstrar o amor ágape a eles, como Paulo citou[2], revestindo do vínculo da perfeição, não é dizer que todo mundo está certo, e que todo mundo vai pro céu, tornando as missões cristãs inúteis, não é apenas dar aos pobres, o que para Paulo nada valia se não tivesse esse amor, assim como também nada vale as profecias, o conhecimento de todos os mistérios e ciência, ou a entrega total a outrem sem o amor ágape[3]. Ele é o primeiro dos frutos do Espírito a ser produzido no coração de um cristão[4], amando a Deus inicialmente como Adão amou antes da queda, desejando de toda alma, toda força, todo coração, todo entendimento[5], desejando o amor ao próximo como gostaria a você mesmo, colocando-se o tempo todo no lugar do seu semelhante.

O maior exemplo desse amor, que podemos até julgar inacessível, pode ser encontrado nos Evangelhos, nosso Mestre Jesus, mesmo sendo perseguido, humilhado, caluniado ele amou, e segundo J.C. Ryle[6]:





...Jesus Cristo jamais bajulou os pecadores, nem foi conivente com o pecado. Ele nunca recuou de expor a iniqüidade em suas verdadeiras cores, ou de censurar aqueles que nela viviam. Ele nunca hesitou de denunciar a falsa doutrina, quem quer que a sustentasse, ou de exibir as práticas falsas em suas e o fim certo para o qual estas coisas tendem. Ele chamou as coisas pelos seus nomes certos. Ele falou tão livremente do inferno e do fogo que não se apaga, como do céu e do reino de glória. Ele deixou registrada uma prova eterna de que o amor perfeito não requer que aprovemos a vida ou opiniões de todos, e que é completamente possível condenar falsa doutrina e prática ímpia, e, todavia, estar cheio de amor ao mesmo tempo. (RYLE, 1879).





J. C. Ryle em seu livro[7] relata que aquele que deseja aprender deste amor verdadeiro, deve sentar-se as pés de Cristo e aprender dEle, o verdadeiro amor vem de cima. É a maior de todas as graças de Deus, como Paulo descreve em 1 Coríntios 13:13: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. Segundo Ryle: “pela fé o pecador se apropria de Cristo e é salvo, a esperança enche a alma com felizes expectações das coisas do porvir, conforta com visões das coisas invisíveis...mas o amor é a maior arma do mundo, ele continuará existindo e florescendo quando a obra da fé estiver terminada...É dele que brota as boas obras e a bondade, a raiz de missões, educação, saúde.

O amor deve ser ensinado da forma correta, para as crianças, jovens e adultos, da mesma forma que Jesus ensinou.

Exemplos podem ser encontrados por toda a história da Reforma Protestante, na Reforma Calvinista, pelo modo de viver Puritano em sua eleição vocacional, mas a Escritura Sagrada (Bíblia), a vida de Jesus Cristo e a entrega à morte do Filho pelo Pai, são os exemplos maiores de amor ágape.









Por Carlos Reghine – extraído do trabalho “Oikonomia” – Um caminho sobremodo excelente de autoria do blogueiro.

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