A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

24/01/2012

Renê Terra Nova escraviza seus membros com decretos de ''unção'' de honra











Por Cecília Castro






Ultimamente tenho ficado estarrecida diante de tantas declarações horripilantes de um líder consideravelmente reconhecido em nossa nação. Declarações tão desesperadas e absurdas que me fazem pensar sobre o que realmente está por trás dessas afirmações tão divergentes ao que Jesus ensinava em sua simplicidade.

Diante dessa afirmação cheguei a seguinte conclusão, que o que plantamos é o que colhemos mais cedo ou mais tarde e foi exatamente o que ocorreu com este senhor que há alguns anos atrás abandonou a liderança de Cesar Castellanos, levando consigo boa parte dos seus discípulos no Brasil.


Sabendo, que a estratégia de Cesar Castellanos de ganhar, consolidar, treinar e enviar era uma estratégia que dava resultado, o Ap Renê Terra Nova permaneceu com a mesma mudando ligeiramente a marca de G12 (grupo dos 12), para M12 (modelo dos 12).


Contudo, feita a cisão, Renê Terra Nova sabe que está sujeito ao mesmo fim e seu grande temor é ver seus líderes mais destacados abandonarem o seu barco, assim como ele um dia fez com Castelhanos.

Observe que em seu livro "Os 12 modelos e o modelo dos 12", (2010), Rene Terra Nova, explica que o M12 desenvolveu um ministério chamado “Princípio da HONRA", e que esta ferramenta traria segurança e estabilidade a multiplicação para os líderes como válvula de escape para aquele que percebe que seu liderado está se tornando mais forte que ele.

"O maior problema da liderança hoje é que os líderes querem apontar uma grande conquista nos lugares aonde eles nunca foram, e os seus liderados tornam-se mais fortes do que eles. Onde está a válvula de escape de tudo isso? Agora é que está aquilo que chamados de tesouros escondidos. Parece que tudo isso pode tornar-se numa cilada quando na verdade o Modelo dos 12 tem uma ferramenta de princípio que dá segurança e estabilidade ao crescimento e à multiplicação: O princípio da honra. Desenvolvemos um ministério conhecido como princípio da honra que tem dado essa segurança e estabilidade..." (pag 26). (Grifo Meu).

Esta tão falada “HONRA", ou seja esse tal princípio da HONRA nada mais é do que uma maneira de obrigar o liderado a viver todos os seus anos de ministério debaixo de sua cobertura, caso contrário será conhecido como aquele que desonra e traidor. Tudo para tirar a credibilidade desse líder para que ele não tenha coragem de sair jamais de sua cobertura, desta forma, ninguém fará o que ele mesmo fez com César Castellanos.






Pense bem, se todos que estão de baixo de sua cobertura e cresceram abundantemente decidissem sair hoje? O que seria do Ap.Renê, que se considera pai de multidões, patriarca e o novo reformista da atualidade?


Se o real propósito é de fazer discípulos para Jesus, por que tanto desespero em ver um líder sair para seguir um novo propósito para também fazer discípulos para Jesus? Calma aí, no Reino de Deus tem lugar para todos crescerem, se tudo é para Deus ninguém sai perdendo em nada. O nosso Deus tem aliança com todos que se dispõe a fazer sua obra, seja qual for o lugar, aqui ou ali, é Ele que põe e tira. O Reino de Deus não se resume a uma denominação ou organização humana. Deus veio para buscar um povo e não uma denominação. Ele não é um amuleto da sorte que trás honra, prosperidade, poder e fama a quem O possui, e quem não segue ou deixa de seguir a quem possui este amuleto da sorte (Deus) será castigado, pois desonrou ao dono do amuleto, e não é digno de servi-Lo.

Deus não se tornou propriedade de homens, mas o egoísmo e a ganância já subiram a cabeça de muitos e o pior é que seus seguidores reproduzem as mazelas em suas redes sociais. Doutrinas iguais a essas servem para que se cumpra o que Jesus falou; cegos guiando cegos, nem entra e nem deixa as pessoas entrarem no Reino dos céus.


Com base nesse princípio o líder se tornou o detentor da bênção e da maldição sobre a vida do discípulo, tornando este quase o seu escravo. Não significa que a bíblia não nos mande honrar nossos líderes, nem que não devamos ter compromisso com nossa igreja local, pelo contrário, ela em todo o tempo nos diz que devemos obedecê-los, devemos ouvi-los, e devemos dar honra a todos os que devemos dá-la (Hb 13:7, Hb 13:17, Rm 13:7), mas em nenhum lugar a bíblia coloca a honra como um instrumento que o líder tem para subjugar seus discípulos a uma subserviência cega.


Que cada dia estejamos mais atentos às verdades bíblicas para não sermos confundidos por ensinos tão persuasivos, mas tão diferentes do que a bíblia ensina.

Um comentário:

  1. antidoto contra a lavagem cerebral
    Hierarquia entre os cristãos não tem fundamento.
    a verdade:

    Esses princípios estão bem fundamentados:
    1º Deus criou o Universo.
    2º Jesus Cristo salvou a Igreja.
    3º Os pais geraram os filhos e são os provedores do lar.
    4º A sociedade delegou poderes ao presidente.
    5º O patrão é dono da propriedade e por isso pode exigir dos seus empregados.

    Observa-se que a relação de Deus com o universo, e do Senhor Jesus Cristo com a Igreja são hierarquias espirituais e eternas, aceitas por meio da Fé.
    Por outro lado a ralação dos pais com os filhos, do governo com a sociedade, e dos patrões com os empregados, são relações temporais, circunstanciadas e limitadas


    Mas, o que se questiona neste tópico é se há legitimidade bíblica, fundamentação e razoabilidade para alguma hierarquia entre os membros da Igreja. Ou seja, se há fundamentação para que um cristão seja superior a outro.
    E neste quesito, eu digo que não.
    E digo que não porque:


    1º Um corpo não pode ter duas cabeças – A Bíblia diz que Jesus Cristo é o Cabeça da Igreja.

    2º Um cristão não pode servir a dois senhores. o Senhor é Espírito

    3º Nenhum homem pode provar que recebeu poder delegado do Senhor Jesus para ser chefe dos cristãos. – Para se submeter a alguém que fala por um superior é necessário que haja prova inequívoca da delegação de poder por parte da autoridade superior. O simples fato de alguém pregar eloquentemente, expulsar demônios, operar sinais e prodígios não é evidência suficiente para se determinar que essa pessoa recebeu delegação do Senhor Jesus Cristo para ser chefe sobre os outros cristãos. Podemos até crer que os sinais provenham de Deus. Podemos até crer na sua pregação, se esta for coerente com a Palavra de Deus. Mas, isto não prova que essa pessoa tenha recebido poder de Deus para ser chefe sobre os cristãos. Da mesma forma, a escolha, ou nomeação por outros homens, por mais dignos e sinceros que sejam, não reproduz exatamente o que Deus quer. É impossível alguém provar que possui autoridade de Deus para ser representante de Deus, ou porta-voz de Deus.

    4º Os homens são falhos e limitados e podem conduzir os outros a erros e a enganos. E eu estarei obrigado a seguir as suas “heresias”, se eu estiver obrigado a lhes obedecer.

    5º O homem possui uma natureza egoísta e são astutos – quando recebem poder coercivo, ou autoridade para mandar, frequentemente, utilizam desse poder para explorar o seu próximo. E eu não poderia escapar dessa situação, diante de um pastor corrupto, se eu estivesse obrigado a simplesmente lhe obedecer. Seriam, pois, vãs as recomendações bíblicas para ficarmos atentos contra os “lobos”.

    6º Hierarquia pressupõe leis e rudimentos, mas o cristão é despenseiro da Graça. – Evidentemente hierarquia fala de burocracia eclesiástica, regras, rudimentos e normas que determinam e estabelecem quem pode e quem não pode ser digno dos “degraus” superiores. Isto choca-se com a Lei da Graça. Isto quer dizer que Dons, Ministérios e Talentos são distribuídos gratuitamente pelo Senhor, sem necessidade da aprovação burocrática das instituições. O Espírito Santo que habilita os cristãos não está subordinado à burocracia religiosa.

    7º Cada membro da Igreja é “alimentado” diretamente pelo Espírito do Cabeça que ensina cada um diretamente, Hb. 1015-16 e I Jo. 2.20 e 27. E por isto não precisa de intermediários e nem de mediadores.

    8º O cristão é recebido perante Deus como Filho, e como tal não precisa de tutores. Precisa, no máximo, de professores. E professores não são comandantes, são conselheiros.

    E se tudo isto não bastar,
    9º Jesus disse que não era para ser assim. “os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles. Não será assim entre vós.” Mt. 20.25 e 26
    “O maior entre vós seja o servo de todos.” Lc.22.25-26
    “e todos vós sois irmãos”. Mt. 23.8

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