A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço!

Martinho Lutero

19/08/2013

Um Breve Credo sobre Justificação





Douglas Wilson 


Creio que Jesus Cristo foi justificado por Deus em sua ressurreição 
dentre os mortos, sendo declarado com poder ser o Filho de Deus (Rm 1.4). 
Ele foi justificado no Espírito (1Tm 3.16), vindicado por Deus, e exaltado à 
destra de Deus o Pai. Essa justificação, juntamente com a obediência ativa e 
passiva de Cristo, e todas as suas outras perfeições, é imputada ao seu povo, e 
é a única base para tudo o que temos nele. Essa justificação de Cristo, essa ressurreição dentre os mortos, foi para a nossa justificação (Rm 4.25). 

Creio que Deus em seu soberano e secreto decreto elegeu por nome 
incontáveis pessoas para a salvação eterna (Ef 1.11). Cada um desses eleitos é 
justificado individualmente, e irreversivelmente, no momento de sua 
conversão, quando Deus imputa a eles toda a justiça de Jesus Cristo (Rm 8.29-
30). 

A base dessa justificação é a justiça de Cristo, mais nada, e é apropriada 
pelo instrumento da fé somente, mais nada, e até mesmo essa fé deve ser 
entendida como um dom de Deus, de forma que ninguém possa se vangloriar 
(Ef 2.8-10). 

Creio que a Igreja de Jesus Cristo, um corpo pactual orgânico, é também 
justificada, santificada, regenerada e eleita. Pelo fato de sua santificação, assim 
como a nossa, não ser ainda completa (Ef 5.24-32), creio que indivíduos não 
justificados, não eleitos, não santificados e não regenerados podem ser 
membros (violadores do pacto) desse corpo pactual por um tempo. Mas com 
o passar do tempo tais ramos estéreis são removidos (João 15.1-7; Rm 11.20; 
Mt 13.24-40). As máculas – os não eleitos – são removidas da Noiva eleita (Ef 
5.27). 

Creio que Deus estabeleceu dois pactos distintos com a humanidade, um 
antes da Queda, e outro após. O primeiro pacto foi chamado um pacto de 
obras na Confissão de Westminster (7.2). Eu preferiria chamá-lo de um pacto 
de graça da criação. A condição de guardar o pacto nesse primeiro pacto era 
crer na graça, nos mandamentos, nas advertências e na promessa de Deus. Se 
Adão tivesse evitado o pecado nessa tentação, ele não teria motivos para se 
vangloriar, mas poderia somente dizer que Deus graciosamente o preservou. 
“Obediência perfeita e pessoal”, mesmo para o homem antes da queda, não é 
possível a menos que ele confie na bondade e graça de Deus. Porque Deus 
capacitou Adão com o poder e a capacidade de guardar o pacto com ele 

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